Artrópodes: Sistema, desenvolvimento e adaptações

Sistema Excretor

É feita, na maioria deles, por meio de tubos de Malpighi, glândulas verdes e glândulas coxais que são estruturas pouco mais evoluídas do que as nefrídias de uma minhoca, pois não lançam resíduos metabólicos na superfície corporal externa, mas sim no interios do intestino. 

Dependendo do habitat de cada artrópode, esse pode eliminar amônia (crustáceos), ácido úrico (insetos, diplópodes e quilópodes) ou guanina (aracnídeos). Os meios de excreção mais adequados para os ambientes terrestres são o ácido úrico e a guanina, pois são pouco tóxicos, exigindo pouca diluição. 

Sistema Nervoso

É do tipo ganglionar, apresentando uma dupla cadeia ventral de gânglios, e órgãos dos sentidos muito especializados situados na cabeça (olhos, órgãos auditivos e antena). Essa maior concentração na cabeça das estruturas nervosas é conhecida como cefalização.

A presença de gânglios nervosos nos segmentos confere a estes animais relativa autonomia, sendo que um artrópode pode realizar algumas atividades, como andar, mesmo após ser decapitado. 

Possuem estruturas sensoriais diversificadas, como sensores químicos, reconhecendo a presença de alimentos ou de inimigos naturais, além de receptores de paladar, sensores posturais, receptores auditivos, luminosos, entre outros.

Sistema Sensorial

Os principais órgãos de sentido dos insetos são: os olhos e as antenas. Os olhos podem ser simples (ocelos) ou compostos (facetados), podendo distinguir core até ultravioleta.

Além disso, os pelos e órgãos cordotonais das patas são responsáveis pela sensibilidade auditiva; a sensibilidade táctil é encontrada nas cerdas apêndices, e a sensibilidade gustativa é percebida pelos papos bucais. As antenas são responsáveis pela sensibilidade olfativa. 


Sistema Reprodutor

Os artrópodes são animais dioicos, ou seja, possuem sexo separado. Nos animais terrestres a fecundação se dá internamente, já nas aquáticas, na maioria das vezes, ocorre externamente. Em vários deles há a presença de diversos estágios larvais. Ao chegar ao estágio adulto, também conhecido como imago, se dá após uma ou vários metamorfoses. 

Nos imagos, encontram-se todos os órgãos que caracterizam um adulto da espécie. A designação imago não significa, necessariamente, adulto sexualmente ativo, mas sim uma forma onde as estruturas sexuais já estão formadas, mesmo que imaturas e afuncionais.

Sistema Respiratório

Nas diversas classes de artrópodes, o tipo de respiração varia.

Muito artrópodes são terrestres, como o insetos, diplópodes e quilópodes, e respiram retirando oxigênio do ambiente por estruturas denominadas traqueias. A traqueia está ligada a fibras musculares que se contraem e estimulam o ar a entrar pelos espiráculos da traqueia.

Os artrópodes aquáticos, como os crustáceos, podem ter respiração branquial. As brânquias são estruturas que retiram oxigênio dissolvido na água para a respiração animal. Estão presentes em grande parte dos invertebrados aquáticos e nos eixes. Os micro crustáceos (crustáceos muito pequenos) fazem respiração cutânea, isto é, respiram pela pele.


Sistema Circulatório

O sistema circulatório dos artrópodes é do tipo aberto. O sangue circula sob baixa pressão, lentamente, passando por cavidades denominadas hemoceles. Difere dos vertebrados por possuírem um sangue de baixa celularidade, chamado de hemolinfa.

Nos artrópodes onde a distribuição de gases provenientes da respiração se dá pela circulação, o sangue contém o pigmente respiratório conhecido como hemocianina (semelhante à hemoglobina dos vertebrados e anelídeos). Os insetos, quilópodes e diplópodes não possuem esse pigmento, pois a chegada do oxigênio se dá por meio do sistema de traqueias.
















Sistema Digestório

Os intestinos anteriores e posteriores são formados a partir da ectoderme e são cobertos por cutícula. O intestino médio é formado pela endoderme. O intestino anterior é responsável pela ingestão, trituração e armazenamento de alimento. O médio é responsável pela produção de enzimas, digestão e absorção. E o posterior é responsável pela formação das fezes.

Desenvolvimento

Os insetos têm sexos separados e a sua fecundação é interna. São animais ovíparos, que podem apresentar três tipos de desenvolvimento:
  • Direto, sem metamorfose: desenvolvido ametábolo (a = sem; metábolo = mudança). Ex.: traça-dos-livros. Dos ovo eclode um jovem semelhante ao adulto.
  • Indireto, com metamorfose gradual ou incompleta: desenvolvimento hemimetábolo (hemi = meio). Exs.: gafanhoto, barata, percevejo. Do ovo eclode uma forma chamada ninfa, que é semelhante ao adulto (ou imago), mas que não tem asas desenvolvidas.
  • Indireto, com metamorfose completa: desenvolvimento holometábolo (holo = total). Exs.: borboletas, moscas e pulgas. Do ovo eclode uma larva, também chamada lagarta, bastante distinta do adulto. Essa larva passa por um período que se alimenta ativamente, para depois entrar em estágio denominado pupa, quando ocorre a metamorfose: a larva se transforma no adulto ou imago, que emerge completamente formado. As larvas de algumas espécies de borboleta ou de mariposas produzem um casulo que protege a pupa. Depois de adulto, o inseto holometábolo não sofre mais mudas e, portanto, não cresce mais. A fase da larva pode durar de meses até mais de um ano, e a fase adulta pode durar de uma semana à alguns meses. A duração dessas fases depende da espécie.
         Alguns insetos holometábolos possuem fase larval aquática, como é o caso de importantes mosquitos vetores de doenças. Exs.: Culex, que transmite a elefantíase, Anopheles, que transmite a malária, Aedes aegypti, que transmite a dengue e a febre amarela.

Adaptações

Os artrópodes são considerados os animais com as melhores estratégias de adaptação, pois podem ser encontrados em meios muito diferentes, como a água doce, o mar, a terra e o ar. Também sobrevivem em climas variados, como as regiões árticas ou os desertos mais áridos. A conquista do ar por meio do desenvolvimento das asas foi uma das maiores características evolutivas adquiridas com o tempo e seu exoesqueleto impermeável permitiu a sobrevivência desses animais em climas diversos.















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